Em meio a dúvida sobre desembarque do governo, União e PP oficializam federação


A cúpula do União Brasil e do PP defendem que os ministros que ocupam hoje cargos no governo Lula deixem as pastas até o início do ano que vem. A pressão sobre André Fufuca (PP) que ocupa o ministério do Esporte, e Celso Sabino (União Brasil), que comanda o ministério do Turismo, cresce com a federação entre os dois sendo oficializado.
A cerimônia que formalizou a união entre as siglas ocorreu nesta terça-feira em Brasília. Com a presença de governadores que são potenciais candidatos à presidência da República, como Ronaldo Caiado (União) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). O presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, também compareceu ao evento.
Os presidentes do União, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, defendem que a federação aposte em uma candidatura da direita, que seja também uma alternativa na polarização entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o vice-presidente da federação, ACM Neto, a saída dos ministros precisa ocorrer, já que as legendas não irão apoiar a reeleição de Lula.
“Não há essa possibilidade de permanecermos no governo. Estamos construindo um projeto para ser uma alternativa ao governo, ao PT. O quanto antes vamos debater a saída do governo. É uma situação que gera desconforto, mas penso que nosso momento para discutir será depois que o TSE homologar a federação. Nós não estaremos no projeto do PT, portanto, não é razoável que ocupemos cargos em um governo do qual certamente não faremos parte no ano que vem”, disse.
Aliados dos ministros, porém, afirmam que ambos não pretendem deixar a Esplanada, e dizem que os dois ainda não foram consultados por Rueda e Nogueira. Parlamentares próximos a Fufuca e Sabino acreditam em uma liberação para que cada diretório estadual da federação apoie o melhor candidato no contexto regional. Outros integrantes da federação ainda avaliam que uma saída dos ministros do governo Lula deve ocorrer apenas depois que a direita escolher o candidato à Presidência, seja ele Tarcísio ou não. Para eles, enquanto o novo adversário de Lula não for oficializado, não existe motivo para que os ministros deixem o governo.
Para o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, do União Brasil, a federação precisa focar em ser compromisso de políticas públicas para a população. A federação União e PP formará a maior bancada na Câmara, com 109 deputados federais e do Senado, com 15 senadores.
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